sábado, 21 de dezembro de 2013

#40 SENHOR ARCANJO -- José Afonso, Júlio Pereira

De novo de Cantigas do Maio (1971), de novo o génio do grande músico de Aveiro e o talento de José Mário Branco. Esplêndido também o acompanhamento da guitarra de Carlos Correia (Bóris).Em baixo, Júlio Pereira com Sofia Vitória, em 2008, no Porto (Casa da Música).




terça-feira, 17 de dezembro de 2013

#39 RIO LARGO DE PROFUNDIS -- José Afonso

De Venham Mais Cinco (1973). Ao génio de José Afonso junta-se o extremo savoir-faire e a ironia de José Mário Branco, na direcção musical deste disco gravado em Paris, confirmada logo nesta faixa inicial, uma espécie de «Grândola Vila Morena» ao contrário. E uma referência devida a Yório Gonçalves, na guitarra.




domingo, 15 de dezembro de 2013

#38 NO SURPRIZE -- Aerosmith

De Steven Tyler e Joe Perry. Quando os Aerosmith eram interessantes. Abertura de Night In The Ruts (1979), balanço stoniano com reforço hard rock. A voz de Tyler não perdeu ainda o timbre dos primeiros discos, e a articulação é excelente ; as duas guitarras, Perry e Brad Whitford, muito bem entrosadas; briosa a secção rítmica (Tom Hamilton e Joey Kramer). O disco é, aliás, todo bom, e um dos meus preferidos da banda.

domingo, 8 de dezembro de 2013

#37 - AHMAD'S BLUES* -- Ahmad Jamal

Gravado no Spotlight Club, em Washington D.C., a 6 de Setembro de 1958. As palmas e o barulho de copos e pires entrechocando-se, não nos prepara para o que vem aí: primeiros acordes de contrabaixo (Israel Crosby), piano (Ahmad Jamal) e as vassouras de Vernel Fournier; passam 25 segundos e a mão direita de Jamal ganha vida própria. Um dedilhar concentrado até ao balanço cúmplice dos três instrumentos, que se acompanham, soltando-se Crosby, Fournier e Jamal dialogando de vez em quando com maior assertividade. O solo de Jamal, entre 1'28'' e 1'46'' estonteia e termina como um espasmo. Ouvimos a voz de Ahmad, quando em seguida fustiga as teclas, yes!, recolhendo logo o ímpeto, para a conversa continuar, um pouco mais agitada. O público já aqueceu, vamos ao resto...

domingo, 1 de dezembro de 2013

#36 MOVE* -- Miles Davis

Um lençol sonoro de 6 sopros 6: Miles Davis, trompete; Kai Winding, trombone; Junior Collins, trompa; John Barber, tuba; Lee Konitz, sax alto; e Gerry Mulligan, sax barítono. O noneto é completado com a secção rítmica: Al Haig, piano; Joe Shulman, contrabaixo; Max Roach, bateria. Acolhedores, os graves da tuba e do barítono, mas um break da bateria lembra-nos que a pacificação é ilusória. Solam Miles e Konitz (uma alegria, o seu fraseado), e depois todos os metais, com Max Roach a pôr pontos nos is.
Move  foi composto pelo baterista Denzil [DaCosta] Best, e abre Birth Of The Cool (1957) (o alinhamento do cd difere do do lp...)